quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

São Paulo cita R$ 271 milhões em vendas na base e recusa volta do 'pão com barata'

Em 6 de setembro, na véspera de seu milésimo jogo pelo São Paulo e do dia em que completou 21 anos no clube, Rogério Ceni sugeriu que os jovens das categorias de base aproveitassem a estrutura no Centro de Formação de Atletas em Cotia porque, na sua época, comia "pão com barata". Com a eliminação na primeira fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior, há quem cobre mudança de postura. Mas a diretoria se recusa.


"Esse é um negócio que dá certo. O São Paulo tem tradição nas categorias de base e, nos últimos 15 anos, arrecadou mais de US$ 150 milhões (quase R$ 271 milhões) em negociações de jogadores. É mais do que o dobro do que gastamos para construir este centro de treinamento", defendeu-se o vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes.

Existem pessoas no clube que usam o argumento de que o clube cobra pouco, e a postura da diretoria depois de sair da primeira fase da Copinha é exatamente de que "não se exigem vitórias, só que se formem atletas". O clube até se recusa a participar de muitas competições para esconder seus jogadores. E nada mudará em Cotia, apesar da presença do presidente Juvenal Juvêncio logo no dia seguinte à eliminação.

"Não vamos dar pão com barata como outros. E você pode ver que os principais jogadores no futebol brasileiro e mundial foram formados aqui", insiste Jesus Lopes, que não aceita nem repetir o modelo do Barcelona de utilizar o mesmo esquema do profissional em todas as faixas das categorias de base.

"Não se podem confundir os objetivos do profissional com a base. A questão tática é trabalhada no profissional, e a motivação muito trabalhada lá também. A parte psicológica, por sua vez, é trabalhada muito mais profundamente na base, assim como a questão de fundamentos", falou o vice de futebol.

------------------------------

Siga no Twitter: www.twitter.com/samuelzain
Facebook: clique aqui

Nenhum comentário: