terça-feira, 6 de setembro de 2011

Estadão: depois da aposentadoria, no fim de 2012, Ceni pensa em continuar no São Paulo


Considerado por muitos o maior ídolo da história do São Paulo e na véspera de completar a milésima partida vestindo a camisa da equipe, o goleiro Rogério Ceni admitiu, em entrevista publicada na edição desta terça-feira do jornal O Estado de S.Paulo, que deve continuar trabalhando no clube do Morumbi após se retirar dos gramados, provavelmente no final do ano que vem. 


Questionado sobre o que estaria planejando para depois de seu adeus ao futebol, Ceni afirmou que pretende tirar longas férias, fato raro em sua carreira, e depois se concentrar em uma atividade que possivelmente estará relacionada de alguma maneira ao esporte. 


“Quando parar, quero 60 dias de férias. Nunca tive. Foram sempre 20 ou 18 dias. Mas mais que 60 dias não dá porque começo a enjoar. Provavelmente vou trabalhar em algo paralelo com futebol, pois é isso que aprendi na vida. Não sei em que função, mas é provável que aqui”, diz o capitão do São Paulo. 


Nos bastidores do clube, o nome de Rogério Ceni é visto com naturalidade como possível futuro candidato à presidência do São Paulo, daqui a alguns anos, por conta da grande identificação do ídolo com a equipe, além de sua boa formação intelectual. 


Ceni também revelou que teve algumas propostas para deixar o São Paulo, mas optou por permanecer no time tricolor. “As oportunidades aparecerem. Principalmente entre 2000 e 2006. Mas eu preciso ganhar. Só por jogar e pelo salário no fim do mês, acho que fica sem sentido a profissão. Sempre quis ter perspectiva de ganhar, como tenho no São Paulo. Clubes vieram aqui, interessados. O Hannover (Alemanha), o Mauro Silva chegou a vir aqui para me levar ao La Coruña... Mas teve uma homenagem, que recebemos no clube, e eu disse que minha carreira seria encerrada aqui. Então não vou sair”, afirma. 


Na entrevista ao Estadão, Rogério Ceni voltou a criticar duramente problemas relacionados à Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e também a exclusão do Estádio do Morumbi do Mundial. “Eu acho uma pena o Morumbi ter sido excluído. Pois é um estádio com história e que está relativamente pronto. Além disso, quem assumiu fazer a reforma foi o clube e não com dinheiro público”, criticou, para em seguida falar sobre o Itaquerão, futura arena do rival Corinthians e provável palco do jogo de abertura da Copa. 


“É um direito de todo clube ter seu estádio para o torcedor festejar. Só acho que a cidade não necessita de mais estádios. Temos o Pacaembu, o Morumbi, o do Palmeiras. Mas nada tira o direito do Corinthians de construir um estádio próprio. Só acho que seria impossível um clube brasileiro gastar R$ 600 milhões para a construção com recursos próprios. Mas, se o prefeito e o governador aprovaram, eles são os responsáveis”, diz.


Fonte: http://espn.estadao.com.br
Site: www.samuelzain.com.br

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