terça-feira, 27 de setembro de 2011

Santos acusa seleção depreciada e reclama perda de Neymar por tanto tempo


Titular absoluto da seleção brasileira, o atacante Neymar irá enfrentar a Argentina nesta quarta-feira, no Mangueirão, no segundo e decisivo jogo do Superclássico das Américas. Com isso, o atacante irá desfalcar o Santos durante praticamente todos os treinos da semana, exceto o último, na tarde de sexta. Além disso, o jogador foi convocado também para os amistosos contra Costa Rica (dia 7 de outubro) e México (próximo dia 11), que irão tirá-lo do clássico com o Palmeiras, dia 9 de outubro, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro.

Descontente com a situação, o clube resolveu demonstrar publicamente a sua irritação com a questão. Segundo o diretor de futebol do clube, Pedro Luiz Nunes Conceição, algo precisa ser feito para que os times brasileiros não sejam tão prejudicados em razão de convocações para o selecionado nacional.

"No ritmo em que tudo está acontecendo, a seleção brasileira tem sido depreciada pelo excessivo número de jogos no ano. Por isso eu digo que passou do momento de o futebol brasileiro se conscientizar que estamos 'matando a galinha dos ovos de ouro'. Quando se prejudica os clubes, o futebol do país sai prejudicado também", disse  Nunes Conceição. 

Ao todo, neste ano, Neymar já ficou 106 dias afastado do Santos para defender a seleção, seja a principal ou a Sub-20. Além de perder o seu principal atleta por quase um terço do ano, a diretoria santista paga integralmente os vencimentos mensais do jogador.

"Se você contar, até o fim do ano o Santos vai ficar quase 120 dias sem poder contar com o Neymar. E o pior é que o Santos continua jogando enquanto ele serve a seleção. No mínimo ficamos sem ele em 18 jogos", comentou o dirigente.

Pedro Luiz Nunes Conceição acredita que o adiamento de partidas do Brasileirão também não é a melhor solução para o problema e vê o alinhamento do campeonato nacional com as chamadas "datas Fifa" - dias separados pela entidade que rege o futebol para amistosos internacionais envolvendo seleções - como a melhor alternativa.

"Não é um protesto, mas repito que algo precisa ser feito. A seleção é importante, porém, os clubes são mais importantes porque são eles que abastecem a seleção. Os adiamentos se tornam um paliativo. Só adia a resolução da questão. A solução é simples: a seleção pode jogar 2.000 vezes ao ano desde que não tenha rodada nem do Campeonato Brasileiro ou do Paulista", sugeriu.

Twitter: @samuelzain

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