quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Após agressão a palmeirense, Andrés e Caio Jr pedem atitude firme de jogadores e até 'greve'


A agressão a João Vítor por torcedores do Palmeiras não pode passar impune. O mundo do futebol precisa tomar uma atitude. O discurso foi parecido entre pessoas importantes do esporte brasileiro: os técnicos Tite e Caio Jr e até o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, que foi mais longe e pediu até mesmo uma greve.

"Aceito torcida protestar, xingar, reclamar, mas quando chega a uma agressão física, todo futebol brasileiro tem que se unir. Não devia nem ter rodada hoje. Se fosse no Corinthians, meu time não entrava em campo", disse Andrés.

"É uma coisa grave, está perdendo o controle em alguns clubes. Os jogadores são profissionais, erram e acertam como todos nós. Pela visibilidade, pela mídia que tem o futebol, isso tem que servir de exemplo para as autoridades. Não devia ter rodada hoje. Não podemos admitir uma agressão, é uma coisa preocupante."

O técnico botafoguense Caio Júnior também pediu uma ação mais dura das autoridades. "Precisa envolver o governo. Futebol tem que ser lazer, somos profissionais e não podemos estar expostos a uma agressão de pessoas que não deveriam estar no campo. No que depender de mim, vou ajudar."

"Vivi uma situação no Flamengo inadmissível, com bomba dentro do clube. Eu prometi para os meus filhos que nunca mais viveria isso. Se acontecer de novo, estou fora do futebol brasileiro. Não admito isso. Precisam ser tomadas providências, mas é complicado, os jogadores precisam se unir e definir uma estratégia. Quando morrer alguém, vai ficar mais sério."

O técnico Tite e o principal jogador do Botafogo, Loco Abreu, um dos mais esclarecidos do futebol mundial, seguiram na mesma linha. Não é possível que episódios como esse passem a ser vistos como normais. "A gente está partindo para um caminho muto perigoso. Se não começar a alertar e achar que as coisas são normais, ela cresce, vai crescendo", disse Tite.

"O futebol é um esporte, pode ganhar, perder, fazer gol, errar, mas você não matou ninguém, não estuprou ninguém. Não tem que ficar como uma tradição fazer pressão para que dê certo. Senão vai ficar como uma cultura normal quando não é normal. Tem que unir os sindicatos, isso não pode continuar", clamou Loco Abreu.

A previsão de Andrés Sanchez é tão trágica quanto imaginável. "Se hoje ele perde um gol e toma uma porradas, amanhã pode ser um tiro ou uma facada".

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