Ministro do Esporte nega que irá deixar cargo e ataca João Dias e Célio Soares
O ministro do Esporte, Orlando Silva, falou à imprensa no início da noite desta segunda-feira, em Brasília, para se defender das acusações de que seria o mentor de um esquema de desvio de recursos públicos do programa Segundo Tempo, que atende a cerca de 796 mil crianças e jovens carentes do país com a oferta de atividades esportivas. Na ocasião, o político negou que tenha a intenção de deixar o cargo que ocupa desde 2006, e foi direto no ataque ao policial militar João Dias Ferreira, responsável pelas acusações à revista “Veja”, no fim de semana.
– Não é possível que uma pessoa que foi presa, é alvo de investigações, ré do Ministério Público Federal, seja portadora de declarações verdadeiras. Vou até às últimas consequências para defender a minha honra e prender esses caluniadores – afirmou.
Na ocasião, ele apresentou a cópia dos pedidos de investigação protocolados na Polícia Federal; no Ministério Público Federal, por meio do procurador-geral da República Roberto Gurgel; e ainda mostrou um terceiro ofício, encaminhado ao presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, ministro José Paulo Sepúlveda Pertence, para que também apure os fatos narrados pela reportagem.
O ministro falou sobre os contratos firmados com as entidades representadas por João Dias, que recebeu R$ 2,040 milhões, em 2005, e R$ 922 mil, em 2006. A indicação foi do então ministro do Esporte e agora governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
– Eu era secretário na época. Ouvi a indicação de um ministro. Imagino que o atual governador tenha agido de boa-fé, que não sabia de nada contra essa pessoa.
Orlando Silva explicou que de 2009 para cá houve mudanças no Segundo Tempo, no sentido de evitar os desvios. E, a partir do 2012, não serão mais fechados convênios com entidades privadas. Dos 27 atuais, 11 expiram em 2012 e, segundo ele, não serão renovados.
– Ao longo de auditorias, verificamos que os desvios no programa Segundo Tempo, quando aconteciam, eram relacionados a recursos para compra de materiais esportivos e alimentação. O primeiro solucionamos em 2009, com determinação de que as compras passassem a ser feitas por meio de pregão eletrônico. Já a alimentação nós acabamos com essa possibilidade. Então, se um parceiro quiser ofertar, terá de oferecer com recursos próprios ou de uma prefeitura.
Fonte: http://www.lancenet.com.br
Twitter: http://www.twitter.com/samuelzain
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